Boris Castro, Conselheiro da AEI, é Jornalista, Advogado e Consultor da Fazenda.
VITÓRIA [ AEI NEWS ] – Houve tempo em que a Professora Primária era respeitada, admirada, bem remunerada e prestigiada pela sociedade.
O Magistério era o sonho de toda moça de família que, orgulhosamente, desfilava com seu uniforme azul, blusa branca com gravata, boina e sapato preto com meias brancas, que os rapazes faziam de tudo para flertar.
Não exageramos quando afirmamos que, à época, no município mandavam : o Juiz de Direito, o Delegado, o Padre e a Professora.
Era nobre o seu esposo ser conhecido como “marido da professora”.
Convidada de honra nas solenidades Municipais e Governamentais pelo prestígio, tinha orgulho da profissão e do vencimento mensal que dava para todas as despesas e comprar joias.
A educação e o respeito imperavam nas salas de aula e os alunos, de pé e em silêncio, cantavam os hinos Nacional e da Bandeira, que os cadernos traziam em suas capas.
Autoridades e comunidade, faziam questão de cumprimentar a Professora, porque fazê-lo em público era sinal de prestígio.
O tempo fluiu levando com ele para as páginas empoeiradas do passado tudo de bom que nutria o sonho de alimentar a educação e destravar a cegueira do analfabetismo.
A Professora Primária, apesar de sua importância no mundo da educação, continua marginalizada, passando por necessidades financeiras e muitas sem condição de comprar remédios, enquanto que a mídia anuncia que no Congresso Nacional um mordomo, só para servir cafezinho, recebe mais de R$ 18.000,00 (dezoito mil) por mês e por aí vai.
Com esta desastrosa inversão de valores, pouco ou nada resta a sábia, incansável e sonhadora Mestra da educação e da instrução. .